Jesus nos ensina a que a sua ressurreição será geral e única


"Subiu aos céus e está assentado à direita do Pai, Deus, Todo-Poderoso; de onde virá julgar os vivos e os mortos. Em cuja vinda todos os homens ressuscitarão em corpo; e prestarão contas de suas obras. E os que fizeram o bem irão para a vida eterna, e os que fizeram o mal, para o fogo eterno". (Credo de Atanásio) Antes de qualquer coisa quero ressaltar que ao usar os termo pós-milenista e amilenista têm sido usado para ressaltar esta doutrina. Mas o artigo em questão não tratará da afirmativa pós-milenista ou amilenista sobre a questão, mas sim apresentar a afirmativa do próprio Jesus sobre o que ocorre no fim de todas as coisas.
Sobre o tema do artigo Tenho feito o uso da seguinte premissa para a questão da ressurreição especificamente. Jesus é o personagem central do evento, ele é quem ressuscita os mortos, ele é quem julga e sentencia. Numa última análise sobre o tema, me parece mais objetivo recorrer ao personagem principal para entender a questão. Isto para mim interfere inclusive na forma como vou interpretar 1 Tessalonicenses 4:13-18. Em 1 Tessalonicenses 4:13-18 a ocasião é uma dúvida pontual sobre o que ocorre com os crentes, é um questionamento interno e não global. A preocupação de Paulo é responder às inquietações dos crentes vivos em relação ao destino pós-morte dos que viveram para o Senhor. O pré-milenista histórico e o dispensacionalista ao pôr o foco nos seus sistemas de interpretação desconsideram esta informação. E sobre o destino dos ímpios? Onde está o arrebatamento deles ou a ressurreição? A omissão deste fato por Paulo aos tessalonicenses não é para salientar uma doutrina sobre arrebatamento, esta fascinação dispensacionalista e recente de fragmentar a escatologia tende a ser disfuncional na observação dos motivos originais dos autores. Paulo não apresentou um amplo discurso escatológico naquele momento, a prova é que ele diz: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem” (1 Tessalonicenses 4:13), e são palavras destinadas a uma mesma igreja que ele falou sobre o retorno de Cristo e o cuidado que deveriam ter para não se desviarem do ensino original: “Irmãos, no que diz respeito à vinda (1 Tessalonicenses 4:15) de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. (2 Tessalonicenses 2:1-2) Portanto a ressurreição geral não explícita na Epístola aos Tessalonicenses tem sua razão de ser, e não tem qualquer proposta de ser feita uma exposição ampla já que a dúvida era sobre os crentes e não os ímpios e crentes. Jesus, no entanto, fornece em João 5:28-29 uma afirmação mais ampliada porque ele está estabelecendo um alicerce de onde todas as outras colunas se levantam.

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